06/09/2024 - Comunicação NCD
A jornada
profissional sofre mudanças continuas ao longo dos séculos e recentemente
acelerou os processos de maneira significativa exigindo importantes ajustes o
impacto contínuo da pandemia, mudanças rápidas no ambiente de trabalho e a
pressão com novos modelos de trabalho. Tudo isso traz impactos na rotina e
também na forma de conduzir as demandas contribuindo para dados significativos
sobre o panorama da saúde mental dos trabalhadores.
O INSS registrou
em 2023 um aumento aproximado de 38% em relação a afastamentos por trabalho
causados por transtornos mentais. Com o aumento da longevidade, o 'geração
sanduíche' tornou-se comum no Brasil, e isso impacta na saúde mental das
mulheres, que dedicam mais tempo a trabalhos não remunerados de cuidado. Ao
mesmo tempo, as empresas precisam de informação para embasar estratégias em
saúde mental e sofrem também com desinformação e estigma.
Os dados do
Ministério da Previdência Social mostram um crescimento de 38% em relação a
afastamentos por trabalho causados por transtornos mentais e os principais
motivos são depressão, ansiedade, transtorno de adaptação e síndrome de
Burnout. Considerando esse panorama recentemente o governo federal,
representantes de empresas e de trabalhadores incluíram na Norma
Regulamentadora Nº 1 (NR-1), que trata do gerenciamento de riscos das
organizações, a preocupação com a proteção psicossocial dos funcionários. “Essa
atualização é muito importante. As empresas terão que fazer a gestão desses
ambientes de trabalho para evitar o adoecimento mental do trabalhador. O
objetivo é evitar o excesso de sobrecarga de trabalho e dar atenção às questões
do ambiente de trabalho saudável sem assédio e nenhum tipo de violência contra
o trabalhador, seja assédio moral, sexual ou qualquer outra forma de assédio”,
declarou o secretário de Inspeção do Trabalho substituto do Ministério do
Trabalho e Emprego (MTE) , Rogério Araújo.
Além disso,
a Portaria 1.999, de 27 de novembro de
2023, atualiza a lista de doenças do trabalho e inclui
o burnout e abuso de drogas como doenças que podem ser atribuídas ao
ambiente de trabalho. Neste sentido, ainda existe um longo caminho a percorrer
para entender os desafios da saúde mental, principalmente para as consideradas
novas doenças. “O burnout ainda é desconhecido e é as pessoas ainda tem
dificuldade de admitir que a questão do trabalho pode me deixar doente,
especialmente quando é um trabalho que gosto muito, que dou conta e que eu
consigo fazer e quando eu percebo que não dá mais e que talvez eu não goste
mais é muito difícil perceber que essa é uma condição”, explica a psiquiatra
Julia Trindade. A compreensão ainda é um desafio e campanhas como o setembro
amarelo que tem o objetivo de quebrar tabus, reduzir estigmas, estimular que as
pessoas busquem e ofereçam ajuda contribuem para alertar e trazer conhecimento
sobre a importância da saúde mental.
Os especialistas também recomendam que reverter esses números é estimular uma educação sobre saúde mental e hábitos saudáveis também nos ambientes corporativos, além de uma rotina fora do trabalho com momentos de lazer. “Terapia, autoconhecimento, momentos de lazer e atividade física. Em algum momento do dia você precisa encaixar um momento de lazer. Isso é qualidade de vida. Outra coisa muito importante é saber dizer e treinar a dar limite para as demandas. Essa também é uma questão importante para as empresas: analisarem o perfil de demandas e valorizar os funcionários que buscam a saúde mental porque essa pessoa quer ficar bem e nesse sentido essa empresa também estará bem”, comenta Júlia. É a necessidade de tempo e mecanismos para as empresas aos poucos adaptem os processos e incluírem a saúde mental na gestão de riscos.
Os especialistas
também recomendam que reverter esses números é estimular uma educação sobre
saúde mental e hábitos saudáveis também nos ambientes corporativos, além de uma
rotina fora do trabalho com momentos de lazer. “Terapia, autoconhecimento,
momentos de lazer e atividade física. Em algum momento do dia você precisa
encaixar um momento de lazer. Isso é qualidade de vida. Outra coisa muito
importante é saber dizer e treinar a dar limite para as demandas. Essa também é
uma questão importante para as empresas: analisarem o perfil de demandas e
valorizar os funcionários que buscam a saúde mental porque essa pessoa quer
ficar bem e nesse sentido essa empresa também estará bem”, comenta Júlia. É a
necessidade de tempo e mecanismos para as empresas aos poucos adaptem os
processos e incluírem a saúde mental na gestão de riscos.
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